quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Críticas de fora repercutem mais no Brasil, diz editor da 'Economist'

Críticas de fora repercutem mais no Brasil, diz editor da 'Economist'

Michael Reid | Foto: Divulgação
Jornalista diz que governo deve reconquistar a confiança dos empresários brasileiros
O editor de Américas da revista britânica The Economist, Michael Reid, diz em entrevista à BBC Brasil que as recentes críticas da publicação ao governo brasileiro tiveram uma repercussão maior no país porque vieram "de fora".
Reid está em São Paulo para o evento Brazil Summit 2013, organizado pela Economist, que reúne especialistas nesta quinta-feira para discutir os novos motores e desafios para o crescimento econômico do país.
O jornalista, que morou em São Paulo entre 1996 e 1999, elogia a presidente Dilma Rousseff pelo caráter "democrata", mas diz que ela também foi motivo de decepção. "Ela é uma técnica, mas, neste momento, acho que o pais precisa de muita habilidade política."
Na entrevista à BBC Brasil, Reid fala ainda de um livro que está escrevendo sobre o país e deve ser lançado em 2014 com o provável título de Brazil: The Troubled Rise of a Global Power ("Brasil: A Ascensão Problemática de uma Potência Global", em tradução livre).
Mas o autor revela ainda ter dúvidas sobre o título: "Não quero que soe pessimista". Leia abaixo a entrevista à BBC Brasil.
BBC Brasil - Há quatro anos, em sua reportagem de capa, a Economist disse que o Brasil estava "decolando", mas agora afirma que o país pode ter "estragado tudo". O que aconteceu?
Michael Reid - Temos acompanhado o Brasil de perto por muitos anos e achávamos - como os brasileiros - que o país estava bem encaminhado com o Plano Real, a abertura da economia e as reformas econômicas. E quando entrou, Lula optou por manter tudo isso e também fez políticas sociais mais ambiciosas e necessárias, além de algumas reformas microeconômicas importantes.
Então o Brasil passou bem pela crise financeira mundial, mas depois começou a sair um pouco dos trilhos. Em parte, porque em todo o mundo as forças por trás da onda de crescimento começaram a se esgotar. Mas acho também que o governo tirou a lição errada da crise, de que a solução está no capitalismo de Estado, como diz o Consenso de Pequim (apelido dado ao modelo chinês de crescimento, que envolve princípios de abertura econômica e bastante intervenção do Estado na economia). Por isso, há um ânimo empresarial bastante negativo neste momento.
BBC Brasil – O que o Brasil precisa fazer agora para deixar de ser "só uma promessa", como disse a revista?
Reid - É imprescindível voltar a confiar plenamente na política macroeconômica, nesse tripé de responsabilidade fiscal, superavit primário e política monetária independente com câmbio flutuante. Isso é o básico. Além disso, um sinal de que o governo reconhece que não é a solução de todos os problemas econômicos seria muito bem visto pelos empresários.
O Estado corporativo e regulador ainda está muito vivo no Brasil. Acho que um Estado moderno – que pode ser socialmente responsável e ter como meta vencer a desigualdade – também pode dar autonomia às agências reguladoras, e não intervir o tempo todo. Ele pode fixar as regras em diálogo com a sociedade e deixar as agências fazerem seu trabalho. E se concentrar em melhorar a educação, a saúde, o transporte público.
"Nunca dissemos que o Brasil é um desastre, nem a Argentina, nem a Venezuela. Mas acho que o Brasil ganhou nos últimos tempos o direito de ser julgado como um país sério, e isso é importante"
Também é preciso ter um programa sério de investimento em infraestrutura. O que existe atualmente (o Programa de Aceleração do Crescimento) parece sério no papel, mas tem que ser sério na prática. Para mim, ainda é uma interrogação se este programa vai dar certo ou não. Até agora, temos visto mais problemas do que soluções.
BBC Brasil – Como exatamente o país pode investir em produtividade?
Reid - O famoso "Custo Brasil" é um clichê, mas clichês existem porque são verdades. Acho que a forma de incrementar a produtividade, em termos mais simples, é fazendo mais investimento de capital em qualificação de mão de obra e em tecnologia.
Mas em termos de políticas públicas, pode-se dizer que não se investe aqui neste momento, porque os custos são muito altos e as perspectivas do mercado são muito incertas.
Os elementos do alto custo são muito conhecidos no Brasil, mas nem por isso deixam de ser importantes: a infraestrutura é muito ruim, especialmente as estradas. É um problema que vem desde o século 19, mas o custo de não resolver isso é cada vez maior.
A carga tributária também é difícil. Há uma demanda justificada dos brasileiros por melhor saúde, melhor educação, melhor transporte público, tudo isso. Mas de onde virá o dinheiro? Ele não pode vir de uma carga tributária ainda maior do que a atual. Você tem que reformar o Estado.
BBC Brasil - A Economist foi criticada por pedir a demissão de Guido Mantega, e a própria presidente Dilma disse em seu Twitter que a revista estava "desinformada" a respeito da economia brasileira. Como o senhor vê a repercussão das reportagens no Brasil?
Reid - Muitas vezes não dizemos nada que já não se tenha dito muito aqui, mas porque alguém está falando de fora, repercute mais. Ficamos contentes quando as pessoas leem o que dizemos, mas, na realidade, não foi uma coisa pessoal contra o Mantega.
Estávamos chamando a atenção para o fato de que a economia ia mal e que a equipe econômica havia perdido a confiança dos mercados e dos empresários. Mantega estava fazendo prognósticos nos quais ninguém acreditava, e eu acho isso perigoso para o país. E há empresários brasileiros que acreditaram em uma recuperação, investiram em ações e perderam dinheiro.
"Acho que um Estado moderno – que pode ser socialmente responsável e ter como meta vencer a desigualdade – também pode dar autonomia às agências reguladoras e não intervir o tempo todo."
Todo mundo erra, mas eles erraram repetidas vezes, e nosso argumento era que, para recuperar a confiança dos empresários e ter o investimento que o governo quer, era preciso uma equipe nova com um enfoque novo.
Nunca dissemos que o Brasil é um desastre, nem a Argentina, nem a Venezuela. Mas acho que o Brasil ganhou nos últimos tempos o direito de ser julgado como um país sério, e isso é importante.
Para o Brasil ser um país desenvolvido, ser um país sem pobreza e com menos desigualdade, ele precisa continuar crescendo entre 4 e 5% ao ano. E ele pode fazer isso, mas não está fazendo porque tem essa série de entraves que ainda não desmontou.
BBC Brasil – A revista também afirmou que a presidente tem pouca capacidade de manobra econômica e política. Por quê?
Reid - Porque uma coisa é fazer reformas quando a economia está crescendo, e outra coisa é fazer isso quando a economia está em crise. Mas se a economia está estagnada, com um "Pibinho", você não tem nem o dinheiro para lubrificar a reforma, nem o sentimento de crise que também mobiliza as reformas.
As circunstâncias atuais são difíceis, mas também é uma questão de que a presidente Dilma não tinha experiência do mundo político antes de chegar ao Planalto. Mesmo os líderes políticos brasileiros têm criticado bastante a atuação dela como política. Ela é uma técnica, mas, neste momento, acho que o país precisa de muita habilidade política.
BBC Brasil – Mas há quatro anos a Economist disse que Dilma, por ser uma tecnocrata, estava bem preparada para lidar com os desafios do Brasil pós-Lula.
Reid - Acho que ela foi uma decepção para muitos. Ela tem qualidades, merece o crédito por ser uma democrata, por ter realizado ações no início do governo contra a corrupção e por ter respeitado a liberdade de expressão. Todos esses aspectos são muito elogiáveis.
Mas o governo federal continua crescendo como um aparato burocrático e tem uma base de apoio imensa, que cobra cargos e verbas. E não parece que ela tem uma visão de como reformar o Estado para que ele faça melhor as coisas que os brasileiros querem. Isso é um trabalho técnico e político.
BBC Brasil - Fala-se muito sobre a dificuldade de governar um país como o Brasil sem fazer acordos e coalizões. Como o senhor avalia que isso seria possível?
Reid - Há 20 anos, muitos cientistas políticos, sobretudo os estrangeiros, falavam que o sistema político brasileiro era uma bagunça e, no fim, não era. Ele funcionou muito bem, apesar de tudo, por meio da criação de um "presidencialismo de coalizão".
O problema agora é que esse sistema está distorcido demais. E o custo disso é cada vez mais alto, porque você tem cada vez mais partidos, e muitos deles não têm ideologia visível e têm um apetite voraz para o fisiologismo. Uma reforma política é necessária para que o Brasil passe para a próxima etapa, tenha um crescimento de qualidade e um Estado de qualidade.
"A melhor política industrial do Brasil pode estar na educação, e não no BNDES."
Acho que este sistema herdado da ditadura, de ter uma Câmara de Deputados em que um voto de São Paulo vale o mesmo que um voto de Roraima é um problema básico. Outro problema é a falta de um limite que ajude a diminuir o número de partidos. As questões de financiamento são outro tema problemático, mas o básico, para mim, é esse.
O Chile está no mesmo processo, então acho que o Brasil deve ficar de olho. Há um projeto de reforma do sistema eleitoral que está avançando no Congresso (chileno), e a presidente Michelle Bachelet – que, ao que tudo indica, vai ganhar novamente – quer empurrar o projeto adiante.
BBC Brasil - Em 2009, a Economist disse que o pré-sal poderia se tornar uma "maldição" para o Brasil, a depender de como o país administrasse com o dinheiro. Como o senhor avalia as decisões do governo sobre os royalties?
Reid - Como muitos, eu fico preocupado com a ideia de dedicar 10% do PIB à educação. Porque é verdade que é preciso gastar mais com isso, mas não é o caso de escolher um número assim. O percentual médio de gastos com a educação no mundo é de cerca de 5,8% do PIB.
Também é um problema do país que os professores possam se aposentar aos 50, 55 anos porque eles vão viver até os 80 anos, e uma porcentagem importante dos gastos com a educação vai para aposentadorias. E outra vai para a corrupção.
É preciso colocar mais dinheiro, mas é preciso reformar o sistema e formar professores melhores. Você tem que pagar os professores melhor, é claro, mas eles também têm que trabalhar (por mais anos).
A janela demográfica está se fechando, e o número de alunos nas salas de aula no Brasil vai diminuir nas próximas décadas – e vai ter cada vez mais dinheiro. Então os prefeitos vão tirar esse dinheiro para outras coisas.
BBC Brasil – De que maneira as instituições públicas e privadas podem colaborar para aumentar a inovação e a competitividade da indústria brasileira?
Reid - O Brasil tem uma base científica interessante que está crescendo, mas os especialistas daqui me dizem que há uma dificuldade legal para transformar a pesquisa das universidades em produtos para empresas privadas. É importante para a sociedade solucionar esse 'divórcio'. Há essa ideia de que privatizar um produto público é ruim, mas você pode privatizar para o bem da sociedade.
Estou terminando um livro sobre o Brasil, que me fez olhar muito para a história do país. E vi que, por trás dos sucessos empresariais de que todo mundo fala, muitas vezes tem uma instituição educacional.
A primeira empresa siderúrgica do Brasil foi a Belgo-Mineira, cujas origens estão na Escola de Minas de Ouro Preto, que foi fundada por d. Pedro 2º. O exemplo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Embraer é muito conhecido.
Mas também há outros exemplos. Fui no ano passado a Santa Rita do Sapucaí (MG), que é o "Vale da Eletrônica" brasileiro, onde tem a Escola Técnica de Eletrônica. Isso é muito interessante. A melhor política industrial do Brasil pode estar na educação, e não no BNDES.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Últimos dias para fazer as inscrições para o iF Design Awards 2014

Últimos dias para fazer as inscrições para o iF Design Awards 2014 
10/10/2013 a 25/10/2013


Chega na etapa final o período de inscrição para o iF Design Awards 2014, selo internacional de qualidade e excelência em design. As inscrições vão até 25 de outubro. Uma verdadeira vitrine internacional com de 60 anos de tradição, contempla três categorias: produto, comunicação e embalagem.
As inscrições podem ser feitas na internet. Os valores variam de €250 (para inscritos no iF Communication e no iF Packaging) a €450 (para inscritos no iF Product). Os projetos inscritos devem ser enviados para Hannover, na Alemanha, para avaliação do júri internacional. Os inscritos no iF Communication só precisam fazer o upload do material no site do iF.
O júri acontece de 14 a 16 de janeiro de 2014 em Hannover, e a data da cerimônia de premiação já está marcada: 28 de fevereiro, em Munique, no Museu da BMW e acontece paralelamente a Munich Creative Business Week.
Os projetos premiados são expostos em Hamburgo e aparecem no e-book do iF – um livro que fica disponível para compra no site da premiação. Os vencedores contam também com o reconhecido selo e os trabalhos inseridos na exposição online do iF, que recebe cerca de 200 mil acessos por mês.
Informações completas sobre o prêmio estão no site do iF Design Awards:www.ifdesign.de/language_portuguese_e

 O Blog: Brasil-luch, reproduz artigo postado por: http://www.designbrasil.org.br/
28/02/2013


A fim de aprimorar a interação e os serviços que oferecemos aos nossos usuários, elaboramos uma pesquisa rápida para a qual contamos com a sua opinião. Agradecemos o seu apoio!
29/11/2012


Clique aqui para mais informações sobre as inscrições para o iF Concept Design Award 2013.

domingo, 6 de outubro de 2013

Um milhão nas ruas pela Educação

REFORMAS

Um milhão nas ruas pela Educação

Um milhão nas ruas de novo! Contra a política de educação dos governos Paes e Cabral! Diante da intransigência e da truculência dos governos do Estado e do município em relação a legítima proposta feita pelos professores e profissionais da educação sobre melhorias na educação, o povo do Rio deve voltar às ruas para protestar!
Nos encontraremos em frente à Candelária e partiremos para a Cinelândia, local onde a polícia massacrou os professores municipais do Rio.
Sobre datas: vamos fazer como Junho. Toda segunda e quinta, cada vez com mais gente, cada vez chamando mais amigos. Até, tal qual junho, conseguirmos o que queremos.
Esse ato é em apoio à luta dos profissionais de educação e do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - SEPE. Eles são os protagonistas dessa luta e nos ajudarão a formular a pauta. Se você é contra a greve dos professores, não entende sua função na luta por uma educação de qualidade e não entende o direito dos professores de fazerem greve, talvez esse ato não seja para você.
Pauta da educação (retirada de documentos do SEPE):
1 - Pelo cancelamento imediato da votação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários votado no dia 1º de outubro, à portas fechadas e sem diálogo com a categoria..
2 - Pelo direito a manifestação dos profissionais de educação!
3 - Contra o Projeto meritocrático e neoliberal de Eduardo Paes para a educação.
4 - Por um Plano de Cargos discutido com a categoria e que represente TODOS os profissionais da educação.
ATENÇÃO: 
1 - São proibidas postagens ofensivas e racistas, machistas, homofóbicas ou preconceituosas.
2 - A passeata será democrática e será plenamente tolerada a presença de bandeiras de partidos e causas que apoiem a luta dos professores. Da mesma forma, serão permitidas as máscaras, qualquer tipo de vestimenta e cartaz.
3 - Isso aqui não é ponto de venda. Qualquer comentário para divulgar página comercial ou evento comercial, será apagado.
4 - Toleraremos qualquer discurso, menos a intolerância. Assim, postagens que desrespeitarem essas questões, serão apagadas. Aqui é para lutar por mais direitos e pela educação e não por mais repressão.
Fontes: 

Informações adicionais

  • Campo de paginas:

terça-feira, 16 de julho de 2013

IpdI Localização de instalações de Industrias.

IpdI

Localização de instalações

A análise da localização de instalações é aplicada a vários problemas, por exemplo, a localização de aeroportos, escolas, armazéns, centrais de tratamento de resíduos, fábricas, postos de correios, hospitais, livrarias, entre outros. O problema da escolha da localização de instalações de entre variadíssimos locais é um problema de logística de enorme importância. (Resumo, [2006])

sábado, 1 de junho de 2013

Política industrial

Fim do campeonato

Um balanço do desempenho das "campeãs nacionais" incentivadas pelo BNDES nos últimos anos
 por Samantha Maia — publicado 31/05/2013 17:12 
 
 A depressão na economia mundial e o aumento da competição pelo mercado consumidor brasileiro forçaram uma mudança na orientação da política industrial. Alvo de resistências ideológicas, a aposta na formação de empresas líderes, as campeãs nacionais, adotada a partir de 2008, tinha o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social como investidor direto e articulador das fusões e aquisições. Tal política saiu da agenda de prioridades do Planalto. O foco agora são empresas inovadoras, eventualmente de menor porte, mas capazes de concorrer no mercado nacional.
 
Apesar de o BNDES seguir disposto a apoiar empresas interessadas em se internacionalizar, as candidatas minguaram. Mesmo as tais “campeãs”, entre elas a JBS, a Marfrig, a Fibria, a BRF, a LBR (dona da Parmalat, Vigor e outras marcas famosas de laticínios) e a Oi, botaram um pé no freio, seja pelas dificuldades externas, seja pela necessidade de reduzir o endividamento, após os fortes investimentos na compra de ativos.

A hora, portanto, é de revisão da estratégia de formação de grandes grupos com foco internacional. “Trata-se de uma política sujeita às oportunidades e iniciativas empresariais. É possível que agora seja um momento mais escasso”, diz Julio Ramundo, diretor do banco estatal.
 
 Consolidado o novo cenário, as expectativas dos formuladores da política industrial se concentram em setores como a biotecnologia, em que o atraso nacional é expressivo. O melhor exemplo até aqui: a GranBio, desenvolvedora de etanol de segunda geração, que vendeu, em janeiro passado, 15% do capital ao BNDES por 600 milhões de reais. “Seremos os primeiros a produzir etanol de segunda geração em escala industrial na América Latina”, diz Manoel Carnaúba, vice-presidente de operações da empresa.
 
Ainda sem faturamento, a GranBio constrói uma usina em São Miguel dos Campos, a 60 quilômetros da capital alagoana, Maceió. Outras que seguem a aposta tecnológica do banco são a Recepta Biopharma (tratamento de câncer) e as companhias de software Senior Solution, Linx e Totvs.

O valor investido, via BNDESPar, é significativo, mas pequeno se comparado aos aportes realizados nos setores escolhidos pela Política de Desenvolvimento Produtivo(PDP), de 2008. As seis companhias citadas acima receberam cerca de 13 bilhões de reais em investimento direto do BNDES, sem falar nos empréstimos a juros mais baixos.

O objetivo era reforçar a competitividade e impulsionar as exportações dos setores de carnes e derivados, celulose e papel, laticínios, alimentos congelados, etanol, mineração e siderurgia básica e gás e petróleo.

A JBS (com a compra da Bertin), a Fibria (união da Aracruz com a Votorantim Celulose) e a BRF (fusão entre a Sadia e a Perdigão) de fato viraram líderes mundiais em seus mercados.

A Oi tornou-se a primeira grande empresa nacional na telefonia móvel a partir da fusão com a Telemar, apesar de não ter conseguido levar à frente os planos de internacionalização. O BNDESPar possui 20% de participação direta na JBS, 30% na Fibria, 1,5% na Oi e 13% na Telemar. O banco vendeu suas ações na BRF.

Por que então a reviravolta? Os impactos na economia não foram o esperado. Em 2008, o País tinha 20 mil empresas exportadoras, os manufaturados representavam 47% das exportações. A tendência de consolidação levou o número de exportadoras a cair para 19 mil em 2012, e os manufaturados perderam a primeira posição para os produtos básicos.

 O desempenho contribui para a redução do superávit comercial. As vendas ao exterior de produtos com alta e média-alta tecnologia caiu de 26% do total exportado em 2008 para 21% em 2012. É esse quadro que o plano Brasil Maior, lançado em 2011 para substituir a PDP, tenta modificar com mais incentivos à inovação.

“O diagnóstico no lançamento da PDP partia da necessidade de termos grandes empresas para participar das cadeias de exportação. O dinheiro foi dado para setores em que o Brasil já era competitivo, e o crescimento das exportações foi pelas commodities”, diz Mansueto Almeida, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, defensor de uma política industrial capaz de modificar a estrutura produtiva.

Para sustentar os incentivos, os ativos do BNDESPar cresceram de 25 bilhões de reais para 99 bilhões em cinco anos. “O repasse de verbas do Tesouro para bancos públicos foi feito por meio de dívida, com custo fiscal, de 23 bilhões de reais, apenas em 2011. Para ter um retorno baixo com esse tipo de investimento, o desenvolvimento social deveria ter sido maior”, avalia Mansueto.

O economista David Kupfer, assessor da presidência do BNDES, defende que os setores focados pela PDP tinham necessidades particulares. “No caso da celulose, o objetivo era criar canais de comercialização.

A maior empresa brasileira na produção de celulose era a trigésima do mundo. No setor de carne, era preciso organizar a cadeia agropecuária para combater problemas de baixa qualidade e certificação”, justifica.

A estratégia, contudo, esbarrou na conjuntura internacional de crise. A dificuldade para reduzir o endividamento causado pelas aquisições é um dos maiores desafios. Nessa perspectiva, a Marfrig, a Fibria e a LBR estão em situação mais complicada.

Segunda maior empresa de carnes do País, a Marfrig registrou prejuízo operacional em 2011 e 2012. No primeiro trimestre de 2013, novo resultado ruim, de 81 milhões de reais. Recentemente foi apresentado um plano de recuperação que prevê a venda de ativos e um rearranjo produtivo.

O objetivo é economizar 250 milhões de reais e reduzir o endividamento em 2 bilhões. Com participação do BNDESPar de 19,63%, há o risco de o prejuízo ser socializado.

A LBR protocolou há uma semana um plano de recuperação judicial para reduzir sua dívida de 1 bilhão de reais, com a previsão de venda de 75 milhões em ativos ociosos e quitação do principal a partir de 2021.

O plano causou uma baixa contábil de 658 milhões de reais para o BNDESPar, detentor de 30% da empresa. Resultado da fusão da Bom Gosto e da Leitebom, em 2010, a companhia tem perdido valor de mercado e volta sua atuação para o leite UHT, de margens baixas.

 A Fibria enfrenta problemas resultantes da valorização do dólar, ao qual é atrelada a sua dívida de 7,7 bilhões de reais. Nos últimos dois trimestres, ela conseguiu, porém, obter resultados positivos. Vendeu ações para reduzir o prejuízo. Os seus diretores confiam em uma elevação da geração de caixa neste ano.

Uma subida abrupta na cotação do dólar, contudo, poderá ser fatal.
O endividamento da JBS e da Oi preocupa os investidores.

O frigorífico registrou prejuízo entre 2009 e 2011, mas não interrompeu as aquisições. No primeiro trimestre deste ano, as contas voltaram a fechar no azul: lucro de 228 milhões.

No caso da Oi, a alavancagem superou o patamar máximo estipulado para pagar dividendos. A companhia busca se livrar de ativos estratégicos para controlar o endividamento e realizar os investimentos exigidos pela Anatel, depois de descumprir metas de qualidade na prestação dos serviços.

O resultado ruim de várias dessas empresas contribuiu para a queda de 93% dos lucros do BNDESPar, de 4,3 bilhões de reais em 2011 para 298 milhões, no ano passado. Segundo Ramundo, o momento não preocupa. “Pegar períodos curtos não traz análises consistentes.

O objetivo do banco não é o lucro na renda variável, e sim o desenvolvimento das empresas.”

 A “campeã nacional” em melhor situação não pertence mais à carteira do BNDESPar. A BRF precisou passar por um processo de desconcentração após o Cade aprovar a fusão em 2011. Os resultados têm sido positivos. É hoje a sétima do setor de alimentos no mundo e começou em 2012 a investir em ativos no exterior.

Publicado Por: http://www.cartacapital.com.br

sábado, 25 de maio de 2013

Automação... Veja este robô em funcionamento!

Amigos Navegante, logo a baixo temos um vídeo deste robô em atividade.



Automação


Na área de automação (aplicações para robôs e transportadores de retorno), LIGMATECH considera-se como um fornecedor de sistema em um sentido mais amplo. Estas aplicações geralmente complementam  outras máquinas principais formando assim uma célula mais eficiente.

LIGMATECH é um especialista para aplicações de robôs na indústria Moveleira. Isso é comprovado por mais de 170 aplicações realizadas!
A operação simples, com nosso poderoso software permite a parametrização dos robôs.

Dessa forma, atender nosso objetivo de obter um máximo de flexibilidade também para necessidades futuras.
Todos os parâmetros são inseridos através das superfícies de controle conhecidos.
Interfaces definidas dentro do grupo HOMAG permitir uma integração simples nas mais diferentes linhas.
O desenvolvimento e produção das ferramentas de aperto no robot (vigas de vácuo, garras de pacotes, aparelhos de medição, ...) é realizada por LIGMATECH de acordo com a demanda.
É importante salientar que oferecemos um extenso programa de treinamento para as aplicações robô para nossos clientes.

Click aqui para ver um vídeo.

Robot- and Return systems from Ligmatech - and EVERYTHING is very EASY.

In the field of automation (robot applications and return conveyors), LIGMATECH regards itself as a system supplier in a wider sense. These applications usually complement other core machines and complete them – up to a manless cell.
LIGMATECH is a specialist for robot applications in the wood industry. This is proven by more than 170 realized applications!
The simple operation with our mighty software permits the parameterization of the robots and thus replaces a large-scale teach-in process.
This way, our solutions obtain a maximum flexibility also for future requirements, for example new stack-formation patterns.
All parameters are entered via the known control surfaces.
Defined interfaces within the HOMAG Group permit a simple integration into the most different lines.
The development and production of the gripping tools at the robot (vacuum crossbeams, package grippers, measuring devices, ...) is performed by LIGMATECH according to the demand.
And it goes without saying that we offer an extensive training program for the robot applications to our customers, too.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Simulação de Automação para a Industria Moveleira




O blog luch. mostra a partir desta postagem as tecnologias de uma das maiores fabricante de máquinas para automação a  HOMAG.          (Não perca você vai gostar)





 

HOMAG South América

Na indústria madeireira, a HOMAG é um dos nomes mais conhecidos e respeitados

Fundada em 1960, a HOMAG se tornou líder na indústria de madeira e móveis. Através de aquisições e da sua atuação no mercado internacional, hoje a HOMAG oferece uma enorme gama de máquinas, softwares, serviços e, até, soluções completas para linhas de produção. Ao longo dessa trajetória, construiu mais de 20 empresas e 16 fábricas, além de conquistar mais de 800 patentes.
No Brasil, chegou em 1976, quando foi fundada no Rio de Janeiro a então HOMAG do Brasil, hoje HOMAG Machinery São Paulo, fabricante de coladeiras e seccionadoras para o mercado interno. E, em 2002, foi fundada a HOMAG South América, responsável por comercializar todos os produtos do Grupo HOMAG, não só no Brasil, mas como em toda a América Latina.







Simulationstechnik

Simulação - planejamento e otimização virtual 

Investimentos seguros, máxima eficiência e reduzir os prazos de entrega

A Simulação permite visualizar máquinas, plantas ou as áreas de produção inteiras sob a forma de modelos dinâmicos. Como resultado, seu comportamento com um determinado programa de fabricação pode ser premeditado com alta precisão.

Por que utilizar a Simulação?

Sistemas complexos de produção não podem ser analisados por métodos estáticos de cálculo. Esta imprecisão, no entanto, provoca riscos consideráveis de ​​investimentos ou um gasto muito grande de componentes de produção.
Experiências em sistemas de produção existentes são ineficientes, perigosos, demorados e não permitem uma apresentação sistemática.

Principais vantagens da Simulação 
  • Informações confiáveis da produção, prazos, capacidade de utilização ...
  • Análise e comparaçãode algumas abordagens alternativas
  • Verificação rápida e segura da otimização das abordagens
  • Otimização e validação do investimento a fase de planejamento
  • Aumento da produtividade e redução de prazos com sistemas de produção existentes
  • Apresentação transparente do sistema geral e seus fatores de influência
  • Observação do comportamento do sistema durante longos períodos de tempo em movimento rápida




Modelo de simulação de uma complexa planta interligada

Tecnologia de simulação do HOMAG Group  


O HOMAG Group desenvolveu um kit de módulo simulador, que permite a modelagem em alta velocidade, até mesmo, do mais complexo sistema de produção com ótimos custos. Os modelos de simulação podem ser carregados com dados reais de produção e oferecer estimativas confiáveis com relação a produtividade e capacidade funcional de um sistema de produção.



Modelo de uma planta para produção de móveis


     
Plattenaufteilanlage von HOLZMA                    Format- und Kantenbearbeitungslinie von HOMAG


Tecnologia de simulação na fase de planejamento  Decisão e otimização do planejamento 
O modelo de simulação permite a análise de um sistema de produção na fase de seu planejamento sob reais condições. O benefício:
  • informações confiáveis de produtividade, prazos de entrega, utilização do buffer e carga de trabalho de áreas de estrangulamento
  • implementações curtas
Os sistemas de produção podem ser diversificados e otimizados através de simulações experimentais. Por exemplo: os tamanhos do buffer podem ser trocados e o subseqüente impacto resultante no sistema como um todo pode ser, então, verificado. O benefício:
  • parâmetros são atingidos sem a necessidade de uma expansão dispendiosa dos companentes do sistema
  • os diferentes modelos de simulação são ideais para verificar fases de planejamento e eles dão um suporte ativo no processo de decisão






Bohrlinie von WEEKE
Multifunktionsbrücke von WEINMANN
Tecnologia de simulação na fase de operação  Demais áreas de aplicação 
O beneficio dos modelos de simulação na fase de operação de um sistema de produção:
  • dados de planejamento confiáveis para a engenharia de custos e produção
  • redução dos prazos de entrega e aumento da produtividade pela avaliação do fluxo de produção ideal
  • Design do produto:
    modelos de simulação são usados para analisar o impacto esperado na produção. Baseado nos resultados, produtos e processos de produção podem ser otimizados
  • treinamento interativo dos operadores das máquinas e funcionários de manutenção

terça-feira, 21 de maio de 2013

“Zumbi-dos-Palmares” e + (Virada Cultural?),Vergonha Cultural,Overdose Cultural,Arastão Cultural...


http://blog.planalto.gov.br/dilma-entrega-navio-petroleiro-zumbi-dos-palmares-em-pernambuco/

Dilma entrega navio petroleiro, em Pernambuco

                      Virada Ofuscou!

A presidenta Dilma Rousseff participa, nesta segunda-feira (20), às 11h30, em Ipojuca, de cerimônia que marca o início das operações do petroleiro “Zumbi dos Palmares”. No evento, serão entregues os documentos oficiais do navio e bandeiras à tripulação. O navio é a quinta embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) entregue à Transpetro, braço de logística da Petrobras, em um período de 18 meses.
Promef e a indústria naval brasileira
O Promef, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), encomendou 49 embarcações a estaleiros nacionais, garantindo as bases para o ressurgimento da indústria naval brasileira. O programa também possibilitou a abertura de novos estaleiros e a modernização dos já existentes, criando oportunidades de trabalho para milhares de brasileiros e um novo polo naval no Nordeste.
Criado em 2004, o Promef segue três premissas: construir navios no Brasil, ter índice de no mínimo 65% de conteúdo nacional e atingir competitividade internacional. Com cerca de R$ 11 bilhões em investimentos, três novos estaleiros foram viabilizados devido às encomendas do Promef, que já capacitou mais de seis mil trabalhadores, apenas em Pernambuco, e gerou 54 mil empregos.

Postado Por: http://blog.planalto.gov.br

                             Virada Cultoral?????

Médicos colocaram em risco pacientes Doentes. Para atender Bêbados e drogados  que causaram tumulto em Hospital.

                           "Overdose cultural"

                   "E aí vai encara??????????????"

Edição do dia 20/05/2013
20/05/2013 08h15 - Atualizado em 20/05/2013 08h15

Virada Cultural em São Paulo tem confusão, duas mortes e 28 presos

A polícia admitiu que houve arrastões de madrugada. Um rapaz foi morto com um tiro no rosto porque tentou recuperar o celular que o ladrão levou.

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http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/05/virada-cultural-em-sao-paulo-tem-confusao-duas-mortes-e-28-presos.html

Edição 2013 da Virada Cultural foi mais violenta

As polícias de São Paulo confirmaram dois casos de morte na Virada Cultural 2013, na madrugada de ontem. Um rapaz de 19 anos foi vítima de latrocínio e outro, Jonatan Nascimento, 21, morreu de overdose. Diversos pontos registraram roubos e arrastões violentos. A PM prendeu 28 pessoas e registrou 17 flagrantes. No show de Daniela Mercury, o senador Eduardo Suplicy (PT) teve a carteira e o celular furtados. Após apelo, recebeu os documentos de volta.

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